terça-feira, 18 de agosto de 2009

A consistência do Funcionalismo


Para começarmos a falar de Funcionalismo é necessário primeiro conhecer suas bases assim como qualquer outra corrente. Considerado um dos precursores da sociologia moderna. Émile Durkheim tem o titulo de fundador da escola francesa de sociologia que por sua vez tinha como foco a combinação de pesquisas empíricas com teorias sociológicas. Para entender o pensamento de Durkheim primeiramente é necessário que haja a análise de suas afirmações tal como questionamentos que de forma concisa elaboravam um conceito ordenado sobre os fatos sociais e o emprego dos mesmos na própria sociedade, para que enfim haja a formação de entidades morais, que dentro do pensamento de Durkheim consistia no fornecimento da definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade. Á grosso modo, seria normal aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para os indivíduos e superior a eles antes mesmo de existirem efetivamente. Durkheim achava fundamental a Hegemonia da sociedade sobre o individuo, para que o mesmo conseguisse integrar-se a essa estrutura. Para que tal consenso reinasse seria necessário que houvesse antes a prevalência da solidariedade entre os indivíduos e que houvesse ainda o trabalho coletivo entre os mesmos. Tal ação mais tarde seria denominada “Consciência Coletiva” que por sua vez seria formada a partir de nossa socialização. A socialização era constituída de tudo o que ocupa nossas mentes e que serve para nos orientar e guiar nossa conduta perante a sociedade. Todo esse processo foi conceituado como “Fatos Sociais”. Esses sim eram os verdadeiros objetos de estudos da sociologia, segundo Durkheim. Porem nem tudo o que uma pessoa faz pode ser denominado como fato social. Para que o conceito se encaixe nos atos do individuo é necessário a prevalência de três características: generalidade, exterioridade e coercitividade. Ou seja, o que as pessoas sentem, pensam ou fazem independente de suas vontades individuais. É um comportamento estabelecido pela sociedade e não algo que tenha sido imposto pela a mesma especificamente a alguém. É algo que já estava presente lá antes e continua depois e não da margem a escolhas. Na necessidade de conceituar o Funcionalismo de vez como uma das correntes mais bem elaboradas Durkheim publica "Da divisão do trabalho social". Que consistia em estabelecer uma espécie de “sociedade orgânica” entre os membros da sociedade. Assim como um organismo biológico em que um órgão trabalha em prol do outro, na sociedade orgânica não seria diferente. A idéia era a seguinte: se cada membro da sociedade exercer uma função na divisão do trabalho, ele será obrigado através de um sistema de direitos e deveres, se manter solidário aos outros. O importante para ele é que o indivíduo realmente se sinta parte de um todo, que realmente precise da sociedade de forma orgânica e não mecânica. No entanto, Partindo do pressuposto de que o Funcionalismo é uma corrente constituinte da antropologia quase que totalmente baseada em Émile Durkhein, pode-se afirmar que a mesma consiste basicamente em ações que o individuo realiza dentro da sociedade e que por sua vez no mérito de seu exercício for maléfica ou ainda má executada implicará em toda uma desestruturação da sociedade do ser vivente. No âmbito de suas atribuições o Funcionalismo é dividido basicamente em três outras vertentes que por sua vez denominam-se Conceitos Funcionais. A primeira seria a função social. O uso da expressão não tem o mesmo significado que a expressão popular. Porem está associada a instituições que possuem diferentes efeitos na sociedade. Assim, descrever uma instituição como "funcional" ou "disfuncional" para nós equivale à conceitua-la como "recompensadora" ou "punitiva". A segunda vertente seria a Analogia orgânica. Muitos funcionalistas argumentam que instituições sociais são funcionalmente integradas para formar um sistema estável e que a mudança de uma instituição implicará na mudança de outras e assim por diante. Com tudo podemos definir analogia orgânica como uma espécie de “reação em cadeia”. A terceira e ultima seria a Alternativa Funcional que consiste no suprimento da mesma função por mais de um componente social. Mais tarde a corrente do funcionalismo foi perdendo força e cedendo lugar para uma nova corrente: O Estruturo–Funcionalismo que tem a visão de que a sociedade é formada por partes diferentes e por instituições cujo cada uma tem seu papel dentro da mesma, (escolas, hospitais, fóruns, academias, etc.). A formação do Estruturo–Funcionalismo deu-se em decorrência de constantes criticas. Os críticos alegavam que o funcionalismo provia modelos ineficazes para mudanças sociais, contradições estruturais e conflitos; por isso mesmo, a Análise Funcional ficou conhecida como Teoria do Consenso.

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